Essa história já deve ter acontecido contigo ou você já ouviu algum conhecido falar coisa similar. Cansado da sua banda larga obsoleta, o cliente liga pra sua operadora solicitando a migração para um plano superior e ouve “senhor, não temos viabilidade técnica no momento”.
Geralmente, quem mora em grandes centros, onde a concorrência no setor é feroz, não sofre com isso. Porém, moradores de bairros mais afastados e especialmente quem mora no interior do estado, ouve demais isso. Chega a ser desesperador, pois você vê seus amigos falando que tem internet de 100Mb e você ae se arrastando com meros 2Mb, onde tudo que se faz é aguardar, pacientemente, as coisas carregarem. E, quem como eu, é pai, sabe que paciência não é lá uma das grandes virtudes dos filhos quando querem ver Netflix, Youtube, jogar, etc. Né?
Não dá pra generalizar e dizer que todas as operadoras são sacanadas, mas vamos fazer um exercício de imaginação. Fulano tem uma internet DSL de 2Mb da operadora fictícia Telecômica e paga R$ 69 por ela. Já o plano de fibra com 100Mb, sai por R$ 89, ou seja, apenas R$ 20 a mais. Qual o interesse comercial de tal operadora em vender um produto 50 vezes mais rápido pra esse consumidor, caso ela não tenha concorrentes na região? Pois bem, é isso que acontece em grande parte do país.
Um dos motivos mais usados pelas operadoras que não querem migrar o cliente de plano é a tal “inviabilidade técnica”. Porém, quase nunca provam/ explicam exatamente o que isso quer dizer. E, em certos casos, chegamos ao bizarro dos vizinhos terem o serviço, mas o consumidor em questão não. Isso é ilegal?
Eu conversei com o advogado Robson Edésio da Silva sobre isso e transcrevo abaixo o que conversamos.