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O sonho do USB-C unificador falhou

O principal problema é a confusão sobre as funcionalidades de cada porta USB-C, seja para carregamento, dados ou periféricos, tornando-a uma “bagunça de especificações”. Apesar do USB Power Delivery (USB PD) ser agora obrigatório para gadgets USB-C de 15W ou mais na União Europeia, garantindo um protocolo comum para carregamento rápido, isso não garante o carregamento rápido em todos os dispositivos. A introdução do USB PD Programmable Power Supply (PPS) adicionou flexibilidade, mas tornou ainda mais difícil para os consumidores saberem qual carregador é necessário para carregar rapidamente certos aparelhos, como a série Galaxy S25 ou o Pixel 9 Pro XL, levando à persistência da compra de carregadores de marca original. Em relação à transferência de dados, o USB-C não obriga um protocolo específico, resultando em velocidades variadas de 0,48 Gbit/s a 20 Gbit/s. Embora o USB4 tenha sido introduzido para resolver a confusão, ele se fragmentou em múltiplas variações com velocidades diferentes, e muitas de suas características permanecem opcionais. A complexidade é agravada pela necessidade de cabos de ponta para recursos avançados e pela proliferação de cabos baratos e falsificados. A adoção do USB-C pela Apple nos iPhones 15 e 16 é criticada por ser “meio-termo”, com modelos básicos usando USB 2.0 lento e modelos Pro mais rápidos, mas sem corresponder às capacidades Thunderbolt do iPad Pro. Essa fragmentação mina a promessa do USB-C de reduzir o lixo eletrônico, pois os usuários ainda precisam acumular múltiplos cabos e carregadores. A onipresença do USB-C significa que a “bagunça de padrões” é permanente e não pode ser desfeita.

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