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Pesquisadores acessam 40.000 câmeras conectadas

Esta descoberta corrobora um alerta do Departamento de Segurança Interna (DHS) dos EUA sobre o uso potencial de câmeras expostas em campanhas de espionagem chinesas. Os Estados Unidos foram a região mais afetada, com aproximadamente 14.000 transmissões. Locais sensíveis como data centers, instalações de saúde, fábricas, hotéis, academias e áreas residenciais tiveram suas imagens acessadas. A Bitsight alertou que essas transmissões poderiam ser usadas para espionagem, mapeamento de pontos cegos, obtenção de segredos comerciais e até mesmo para planejar roubos ou extorsão em residências. Muitas dessas câmeras são acessíveis sem técnicas sofisticadas de hacking, frequentemente bastando um navegador web e a navegação para a interface exposta da câmera. A pesquisa analisou câmeras baseadas em HTTP (78,5% do total), comuns no contexto do consumidor, e RTSP (21,5%), mais usadas em cenários comerciais de vigilância. O DHS, em um boletim não público, demonstrou preocupação com as câmeras de fabricação chinesa que geralmente não possuem criptografia ou controles de segurança habilitados por padrão, presentes em infraestruturas críticas dos EUA, como os setores de energia e química. Há históricos de espiões chineses acessando esses feeds para obter acesso inicial a redes de TI, exfiltrar dados sensíveis, ou desabilitar sistemas de segurança. Além disso, o submundo cibercriminoso demonstra grande interesse nessas informações para diversos fins ilegais.

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